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Corinthians e Competições Internacionais: A "Alergia" Analisada por Arnaldo Ribeiro
Por Redação FuTimão em 30/05/2025 10:32
A recente trajetória do Sport Club Corinthians Paulista em cenários continentais tem provocado um questionamento inevitável sobre a verdadeira aptidão do clube para esses palcos. Apesar de sua inquestionável estatura como um dos maiores do futebol brasileiro, ostentando títulos nacionais e mundiais, a equipe parece sucumbir a um padrão de desempenho aquém do esperado quando o desafio transcende as fronteiras do país.
A temporada atual, em particular, ilustra bem essa dinâmica. Após uma decepcionante saída na fase preliminar da cobiçada Copa Libertadores, o Alvinegro repetiu o roteiro na Copa Sul-Americana, onde sua campanha foi igualmente breve, não conseguindo sequer avançar para os estágios decisivos de playoffs. Essa sequência de eliminações precoces reacende um debate recorrente entre observadores e torcedores, apontando para uma anomalia que desafia a lógica de um clube de tal envergadura.
A Peculiar Transformação Corinthiana no Cenário Global
É nesse contexto de frustrações repetidas que a perspicaz observação do renomado colunista Arnaldo Ribeiro, veiculada no programa Posse de Bola, ganha relevância. Ele apontou uma curiosa "alergia" do Corinthians a competições internacionais, uma condição que parece transfigurar a equipe, tornando-a um adversário irreconhecível quando fora de seu ambiente habitual.
O Corinthians tem alguma coisa com torneio internacional que é uma alergia. O Corinthians se esforça absurdamente para estar num torneio internacional, se esforça absurdamente para ir para a Libertadores e cai rapidamente e é irreconhecível nesse tipo de torneio. Assim como ele se agiganta normalmente em confrontos nacionais, em confrontos internacionais, exceção a 2012, um ou outro ano, ele se encolhe. É uma coisa até a ser estudada.
A anomalia reside na aparente dicotomia entre o desempenho doméstico e o internacional. Enquanto o Timão frequentemente se agiganta e impõe sua força em disputas nacionais, demonstrando resiliência e capacidade de decisão em momentos cruciais, o mesmo vigor parece se esvair quando o desafio é em âmbito sul-americano ou global. A conquista da Libertadores e do Mundial de 2012, por exemplo, surge como um ponto fora da curva em um histórico marcado por tropeços e um encolhimento surpreendente, levantando a questão sobre se aquele ano foi uma exceção ou um indicativo de potencial raramente explorado.

Um Padrão Preocupante e a Busca por Respostas
Essa "alergia" não se manifesta por falta de empenho em buscar a classificação. Pelo contrário, o clube frequentemente demonstra um esforço considerável para garantir sua presença nos torneios continentais. Contudo, uma vez inserido no ambiente de disputa, o time parece perder sua identidade e sua capacidade de adaptação, resultando em saídas que, para muitos, são inexplicáveis, dada a história e o elenco à disposição em diversas temporadas.
A questão transcende a mera análise tática ou técnica; ela sugere uma peculiaridade intrínseca à relação do Corinthians com o cenário internacional, um fenômeno que, como bem coloca Ribeiro, demanda uma investigação mais profunda. É um dilema que persiste, desafiando a lógica e alimentando a perplexidade de quem acompanha de perto a trajetória desse gigante do futebol, que se vê repetidamente apequenado em palcos que, por sua história, deveria dominar.
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