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Corinthians: Dorival Júnior e o Dilema do Ataque com Trio Completo
Por Redação FuTimão em 23/09/2025 05:41
Dorival Júnior agora enfrenta um complexo quebra-cabeça tático. O ataque do Corinthians, antes com posições aparentemente definidas para Memphis e Yuri Alberto, ganha uma nova camada de intensidade com o retorno e a ascensão de Gui Negão. O treinador terá uma semana crucial para definir a formação ofensiva da equipe para o embate contra o Flamengo, ponderando as opções e a recente performance individual de seus atletas.
A reintegração de Memphis e Gui Negão, que não participaram da recente derrota para o Sport, reorganiza significativamente o leque de escolhas. O atleta holandês foi poupado devido a um edema na coxa, enquanto o jovem talento da base cumpriu suspensão. Ambos se apresentam ao elenco em plenas condições físicas, intensificando a concorrência com Yuri Alberto por uma vaga no comando de ataque.
A última vez que os três jogadores estiveram integralmente aptos para o jogo foi em 30 de julho, durante o confronto pela Copa do Brasil contra o Palmeiras. Naquela ocasião, Memphis e Yuri iniciaram a partida, com Gui Negão permanecendo no banco de reservas sem ser acionado. Este cenário de plena disponibilidade física agora se repete, mas em um contexto de desempenho individual e dinâmica de equipe bastante distintos.
A Dinâmica Ofensiva e a Ascensão de Gui Negão
As ausências prolongadas de Yuri, que enfrentou uma hérnia inguinal, e de Memphis, que lidou com problemas musculares recorrentes, pavimentaram o caminho para o destaque de Gui Negão. Vindo das categorias de base, o jovem soube aproveitar as oportunidades e, desde então, marcou quatro gols, consolidando sua posição e relevância no elenco principal.
Embora os três tenham estado presentes na partida contra o Athletico, na Neo Química Arena, suas condições físicas eram desiguais. Memphis Depay sofreu um edema na coxa ainda no final do primeiro tempo, Yuri Alberto entrou apenas na etapa final, evidenciando que não estava em sua melhor forma, enquanto Gui Negão atuou durante os 90 minutos, demonstrando sua melhor condição física naquele momento específico.
A perspectiva de ver o trio iniciando junto contra o Flamengo é considerada remota. Dorival Júnior, desde sua chegada, tem mantido uma estrutura ofensiva que se alinha à de seu antecessor, Ramón, optando por um esquema tático que geralmente emprega apenas dois atacantes, o que limita o espaço para a simultaneidade dos três atletas em campo desde o apito inicial.

Desempenho dos Atacantes: Um Panorama Preocupante
O panorama atual não é favorável para a maioria dos atacantes do Corinthians, com Gui Negão sendo a notável exceção. Excluindo o camisa 56, nenhum outro jogador do setor ofensivo conseguiu balançar as redes nos últimos dois meses, um dado que acende um alerta sobre a produtividade do time e a necessidade de uma reavaliação tática.
O último gol registrado por um atacante que não fosse Gui Negão remonta a 30 de julho, justamente no clássico contra o Palmeiras pela Copa do Brasil. Naquela oportunidade, Memphis Depay foi o autor do gol que garantiu a vitória corintiana por 1 a 0, um feito que parece distante dada a atual seca de gols que assola o setor.
Desde aquela data, a contribuição ofensiva tem sido dispersa. Enquanto Gui Negão se destacou com quatro tentos, a maioria dos gols foi anotada por defensores e meio-campistas, além de um gol contra, conforme detalhado na tabela a seguir:
Jogador | Gols Marcados (Desde 30/07) |
---|---|
Gui Negão | 4 |
Matheuzinho | 2 |
Gustavo Henrique | 2 |
Maycon | 1 |
Matheus Bidu | 1 |
Garro | 1 |
Carrillo | 1 |
Piquerez (gol contra) | 1 |
O Desafio de Dorival Júnior e as Opções no Setor Ofensivo
Além do trio central de atacantes, as demais alternativas de Dorival Júnior para o setor ofensivo também atravessam um período de baixa produtividade. Jogadores como Romero, Talles Magno, Vitinho, Kayke e Héctor Hernández, este último afastado e com provável saída do clube, tiveram suas chances ao longo da temporada.
Contudo, a ausência de gols por parte desses atletas apenas reforça a complexidade do desafio que o técnico tem pela frente para revitalizar o poderio ofensivo da equipe. A escolha de Dorival para o ataque contra o Flamengo será crucial e poderá ditar o ritmo para as próximas partidas, em um momento onde a consistência ofensiva é mais do que necessária.
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