Corinthians: Dívidas Milionárias e o Futuro Incerto dos Reforços em 2026

Apesar de um planejamento para 2026 que já se desenha com atrasos significativos e a restrição de registrar novos atletas imposta desde agosto, o Corinthians não descarta completamente a possibilidade de fortalecer seu elenco para a próxima temporada.

Contudo, a ambição imediata da cúpula diretiva diverge de um agressivo movimento no mercado. A prioridade máxima reside na liquidação de débitos pendentes, especialmente aqueles que geram os temidos "transfer bans", visando restabelecer a capacidade do clube de operar livremente no cenário de contratações.

A diretoria corintiana já projeta a utilização da parcela da premiação do Campeonato Brasileiro, que será repassada pela Liga Forte União (LFU), com previsão de aporte em dezembro. Estima-se que este montante possa injetar cerca de R$ 70 milhões nos cofres do clube.

Corinthians: O Nó Financeiro que Trava o Mercado

A administração explora metodologias para que uma fração desse valor possa ser direcionada a eventuais contratações, mesmo diante de um cenário de complexas negociações com credores. O objetivo é viabilizar pagamentos iniciais e parcelamentos de pendências diversas.

Dentre os casos mais sensíveis, destaca-se a situação envolvendo o meia Matías Rojas, um imbróglio que, se não solucionado, pode culminar em uma nova proibição de registro de atletas.

É imperativo ressaltar que uma parcela considerável, aproximadamente R$ 40 milhões, já tem destino certo: a quitação da dívida com o Santos Laguna, do México, clube responsável pela atual interdição que impede o registro de novos jogadores.

Reforços Cirúrgicos: Onde o Timão Busca Soluções Pontuais

Com a dívida junto ao Santos Laguna equacionada e outras pendências renegociadas, a intenção é empregar o capital remanescente em um número bastante restrito de reforços. A projeção interna aponta para a chegada de, no máximo, duas ou três peças no início de 2026.

As posições consideradas prioritárias são a lateral-direita, em virtude da notória escassez de opções qualificadas no elenco , e o setor ofensivo, com o intuito de qualificar as ações de ataque pelos flancos do campo.

Paralelamente, o técnico Dorival Júnior já manifestou internamente sua posição: não deseja promover o desligamento de nenhum jogador do atual plantel, nem mesmo aqueles com avaliação menos favorável, caso o Corinthians não possua condições efetivas de contratar substitutos.

O Pragmatismo de Dorival: Manutenção do Elenco sob Pressão

Nos bastidores, o próprio treinador reconhece a probabilidade de que em 2026 o trabalho seja desenvolvido com um grupo de atletas praticamente idêntico ao de 2025, e que a chegada de novos nomes será um desafio considerável. Contudo, ele mantém a defesa pela contratação de peças que, de fato, possam elevar o patamar técnico da equipe.