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Corinthians: Dívida, Plano Financeiro da Gestão Melo e Mercado da Bola
Por Redação FuTimão em 06/05/2025 05:41
Enfrentando severo escrutínio após a recente rejeição de suas demonstrações financeiras de 2023 e onerado por uma dívida bruta que supera a marca de R$ 2,5 bilhões, a administração liderada pelo presidente Augusto Melo encontra-se em uma posição delicada.
Este cenário adverso, marcado pela ampla desaprovação do Conselho Deliberativo (CD), coincide com o início do quarto pedido de afastamento contra o mandatário em pouco mais de um ano de gestão, sendo o mais recente diretamente atrelado ao desfecho desfavorável do balanço contábil.
Cenário Financeiro e Desafios da Gestão
Em resposta, o presidente defendeu seu período no cargo, destacando um faturamento total de R$ 1,15 bilhão como um ponto positivo. Não obstante, confrontado com um resultado financeiro final negativo, registrando um déficit de R$ 181 milhões no fechamento do balanço, o Sr. Melo mais uma vez atribuiu a responsabilidade pelo resultado negativo à gestão anterior, encabeçada por Duílio Monteiro Alves.
Em meio a essa turbulência, a liderança atual delineia uma estratégia centrada em uma rigorosa contenção de despesas, com projeção de se estender até o final do ano de 2025.

Estratégia de Contenção e Impasses Políticos
Paralelamente, a diretoria cogita a possibilidade de solicitar ao Conselho Deliberativo a reabertura das contas referentes a 2023, um movimento amplamente percebido como altamente improvável, dada a expressiva resistência política que Melo acumulou em virtude de frequentes confrontos internos.
Ao contrário das expectativas da base de torcedores, o clube antecipa um período de transferências discreto na janela de meio de ano. A abordagem adotada para a aquisição de atletas, ditada pelo desafiador contexto financeiro, consiste em prospectar o mercado por jogadores sem contrato ou assegurar empréstimos que não impliquem em ônus financeiros.
Mercado da Bola: Reforços Pontuais e Sem Custo
Durante um encontro recente com representantes da imprensa, o presidente teria garantido à comissão técnica a chegada de "reforços pontuais", explicitando que estas adições não deverão onerar os cofres da instituição. O objetivo primordial do departamento de futebol é preservar a competitividade da equipe sem gerar novas dívidas.
O modelo de negociação exemplificado pela contratação do lateral Fabrizio Angileri no início do ano pode servir como referência para a busca do clube no mercado durante a próxima janela. Angileri, uma aposta que teria sido solicitada pelo técnico Ramón Díaz, chegou após um período de nove meses sem atuar pelo Getafe, da Espanha. Sua rescisão contratual com o clube europeu ocorreu por acordo mútuo, sem a incidência de multa.
Modelo de Contratação e Custos da Manutenção do Elenco
Dentro deste quadro financeiro, recursos já foram direcionados para a extensão de vínculos contratuais, especialmente envolvendo reajustes salariais para peças consideradas relevantes no elenco. Embora isso tenha resultado em um aumento na folha de pagamento mensal, o presidente justifica tais desembolsos como "custos necessários para manter o elenco ".
No que concerne ao núcleo do plantel, o presidente sustenta que propostas que ultrapassavam a cifra de R$ 100 milhões foram recusadas por quatro jogadores considerados "inegociáveis", cujas identidades não foram reveladas. Adicionalmente, segundo a avaliação do dirigente, o valor de mercado atual do elenco profissional ronda a marca de aproximadamente R$ 600 milhões.
Elenco e Jogadores Considerados Inegociáveis
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