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Corinthians descarta planos ambiciosos para quitar dívida da Arena
Por Redação FuTimão em 10/12/2024 05:03
Orçamento 2025: Projetos ousados deixados de lado
O Conselho de Orientação (Cori) do Sport Club Corinthians Paulista aprovou o orçamento para o ano de 2025. Contudo, uma decisão impactante marcou a deliberação: a exclusão de dois projetos cruciais para a redução da dívida do estádio: a ?vaquinha? da Gaviões da Fiel e a criação de um Fundo Imobiliário para a Arena.
Em reunião realizada na segunda-feira (9), o Cori determinou a retirada do projeto DoeArena, iniciativa que visava quitar a dívida da Neo Química Arena, da previsão orçamentária. A equipe alvinegra havia apresentado, na semana anterior, um documento que destacava a arrecadação popular como elemento fundamental para solucionar o débito com a Caixa Econômica Federal, contemplando cenários que variavam do mais pessimista ao mais otimista.
O cenário otimista previa a arrecadação de 600 milhões de reais através da campanha. No entanto, para atingir essa meta ambiciosa, seriam necessários 50 milhões de reais em arrecadação já em 2024. Até o momento, o projeto arrecadou pouco menos de 29 milhões de reais, um valor significativamente inferior à meta.
Fundo Imobiliário e a dívida bilionária
Além da ?vaquinha?, o Cori também rejeitou a proposta de oferecer cotas da Neo Química Arena ao mercado em 2025. O Fundo Imobiliário da Arena, ideia concebida na gestão de Duílio Monteiro Alves e retomada pela atual administração, foi descartado.
Com o cancelamento desses projetos, o clube precisará rever sua projeção de redução da dívida. Atualmente, o débito do Corinthians soma 2,3 bilhões de reais. Destes, 657 milhões são referentes à construção da Arena, enquanto 1,7 bilhão representam outras dívidas do clube.
A proposta do Fundo Imobiliário consistia em disponibilizar parte da Arena ao mercado, mantendo o Corinthians como acionista majoritário, controlando as operações e o uso do estádio. O clube poderia vender porcentagens do empreendimento por meio da emissão de cotas, similar ao modelo utilizado em shoppings, prédios comerciais e galpões logísticos.
Revisão orçamentária e futuro incerto
O diretor financeiro Pedro Silveira, na atual gestão, defendia a ideia do Fundo Imobiliário. No entanto, o projeto necessitaria de aprovação do Conselho antes de sua implementação. A decisão do Cori representa um revés significativo para as estratégias financeiras do clube.
A exclusão da ?vaquinha? e do Fundo Imobiliário do orçamento de 2025 deixa em aberto a questão de como o Corinthians pretende lidar com sua dívida bilionária. A ausência de alternativas concretas levanta preocupações sobre a viabilidade financeira do clube no médio e longo prazos.
A decisão do Conselho demonstra um pragmatismo cauteloso, mas também questiona a capacidade do clube em ousar e buscar soluções inovadoras para enfrentar um desafio financeiro de grande envergadura. As consequências dessa opção serão observadas nos próximos anos.
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