Corinthians busca fim do transfer ban com Santos Laguna

O planejamento do Corinthians para a temporada depende diretamente da capacidade da diretoria em solucionar impasses financeiros graves. Atualmente, a cúpula alvinegra projeta utilizar recursos expressivos para sanar pendências que impedem o clube de registrar novos atletas. O montante necessário deve vir de duas fontes principais: uma fatia da premiação de R$ 77 milhões conquistada pelo título da Copa do Brasil e um aporte de R$ 70 milhões oriundo de uma operação de crédito bancário.

A prioridade máxima da gestão é viabilizar esses valores para encerrar o litígio com o Santos Laguna, do México. A cúpula corinthiana retomou o diálogo com os mexicanos na tentativa de resolver o débito que gerou a sanção da Fifa. O objetivo central é limpar o nome do clube no mercado internacional, permitindo que o elenco seja reforçado sem as amarras jurídicas que hoje travam qualquer movimentação oficial.

Estratégia financeira e descontos na dívida internacional

O passivo total com a equipe mexicana, após condenação em última instância, atinge a marca de 6,5 milhões de dólares, o que equivale a cerca de R$ 36,1 milhões na cotação atual. Entretanto, a estratégia dos dirigentes paulistas consiste em sensibilizar o Santos Laguna para uma redução no valor final. A proposta foca na exclusão de encargos e juros acumulados, que somam aproximadamente 1 milhão de dólares (cerca de R$ 5,5 milhões).

Abaixo, detalhamos os valores que compõem o cenário financeiro da negociação:

Barreiras regulatórias na FIFA e na CBF

O presidente Osmar Stabile trabalha com a meta de iniciar o ciclo de 2023 com a situação plenamente regularizada. A urgência se justifica pelo fato de o Corinthians enfrentar punições em duas esferas distintas. Além do Transfer Ban imposto pela entidade máxima do futebol mundial, o clube também sofre restrições no âmbito nacional.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) mantém o Alvinegro impedido de inscrever jogadores devido a atrasos em acordos firmados na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD). Essa dupla proibição coloca a diretoria sob pressão, exigindo que as promessas de quitação saiam do papel para que o departamento de futebol possa, enfim, atuar com liberdade na montagem do grupo para os desafios que virão.