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Corinthians: Biometria Facial na Neo Química Arena, Prazos e Impactos no Público

Por Redação FuTimão em 18/06/2025 10:01

O relógio avança implacavelmente para o Sport Club Corinthians Paulista. Uma data limite crucial se aproxima, ameaçando comprometer a energia e a presença massiva que caracterizam a Neo Química Arena. Com a recente entrada em vigor de uma regulamentação que exige sistemas de reconhecimento facial em estádios com capacidade superior a 20 mil pessoas, o clube se vê engajado em uma frenética disputa contra o tempo para evitar a restrição de público. Este cenário projeta uma sombra sobre o aguardado retorno do Campeonato Brasileiro, incitando uma profunda reflexão sobre a prontidão da instituição.

A origem dessa imposição reside na Lei Geral do Esporte, promulgada em 14 de junho de 2023. Essa legislação abrangente estabeleceu a obrigatoriedade de controle biométrico para arenas que excedem a marca dos 20.000 espectadores. Embora um período de transição de dois anos tenha sido inicialmente concedido para que os clubes se adequassem, a ativação recente dessa exigência, efetivada a partir de 15 de maio do ano corrente, surpreendeu muitos, incluindo o clube alvinegro.

Uma parcela substancial do atual dilema deriva da inércia gerencial observada em períodos anteriores. Relatos indicam que a implementação dessa tecnologia vital sofreu atrasos consideráveis sob a antiga administração. Divergências com a Bepass, empresa inicialmente contratada para a modernização biométrica, resultaram em um impasse prolongado. Somente com a recente mudança na liderança, marcada pela transição de Augusto Melo para Osmar Stabile na presidência no início deste mês, ocorreu uma alteração decisiva, culminando na rescisão do contrato com a Bepass e a subsequente contratação da Ligatech.

A Inércia e a Urgência da Adequação

Apesar dos entraves herdados, a atual gestão reafirma seu compromisso com a conformidade. O clube tem se empenhado em intensas conversas tanto com a Polícia Militar, encarregada da fiscalização e liberação dos estádios, quanto com o Ministério Público, órgão responsável pela segurança pública. Essas negociações visam assegurar um entendimento provisório enquanto a infraestrutura necessária é implementada.

Medidas concretas estão em andamento. O Corinthians adquiriu 145 novas catracas, todas equipadas com a tecnologia de reconhecimento facial exigida, com instalação prevista para os próximos dias. Paralelamente, uma campanha vigorosa foi lançada para incentivar os torcedores a efetuarem seu cadastro biométrico, iniciando o processo de coleta de dados faciais de sua vasta base de sócios-torcedores.

Contudo, mesmo com esses esforços coordenados, o clube reconhece a magnitude do desafio de atingir a plena capacidade operacional até 13 de julho, data do reinício do Brasileirão contra o Red Bull Bragantino. A avaliação interna sugere que é praticamente inviável ter o sistema completamente funcional até lá. Agravando a complexidade, a contínua reforma do gramado da Neo Química Arena impede a realização de eventos-teste pré-Brasileirão, como amistosos, que poderiam identificar e corrigir potenciais falhas técnicas.

Corinthians: Biometria Facial na Neo Química Arena, Prazos e Impactos no Público
Foto: ( Thiago Braga / Lance!)

O Relógio Contra o Alvinegro: Prazos e Consequências

A consequência mais imediata e preocupante é a nítida possibilidade de ser obrigado a sediar partidas com uma audiência significativamente reduzida. Caso o sistema não atenda às rigorosas exigências regulatórias, o clube enfrenta a sombria perspectiva de limitar a presença de público a menos de 20 mil espectadores, um cenário que impactaria profundamente tanto a receita quanto a fervorosa atmosfera característica dos jogos em casa do Alvinegro.

Em uma tentativa de acelerar o processo e mitigar inconvenientes para os torcedores, o Corinthians , segundo informações, dobrou o número de funcionários dedicados a auxiliar os sócios-torcedores com suas dúvidas sobre o cadastro biométrico. Essa medida sublinha a consciência do clube sobre a urgência e a necessidade de otimizar o processo de registro dos fãs.

Essa situação serve como um alerta contundente sobre a importância crítica de um planejamento proativo e da aderência a marcos regulatórios. Enquanto o clube agora se apressa para corrigir omissões passadas, a ameaça de um público reduzido em casa paira no ar, uma consequência direta de uma resposta tardia a um mandato legal bem estabelecido. As próximas semanas serão decisivas, não apenas para a logística operacional do clube, mas também para a experiência dos torcedores na Neo Química Arena, marcando um momento crucial na intersecção entre a gestão esportiva e as exigências de segurança pública.

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Comentado em 18/06/2025 11:34 E aí, galera! Vamos ver se esse reconhecimento facial ajuda a gente a lotar a arena! Vai Corinthians!
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