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Corinthians: Análise da Pior Sequência Ofensiva e Desafios de Dorival Júnior
Por Redação FuTimão em 06/06/2025 06:14
O Sport Club Corinthians Paulista atravessa um período de notável inconstância em sua trajetória recente. Enquanto a equipe conseguiu assegurar sua progressão para as oitavas de final da Copa do Brasil, a recente eliminação na Copa Sul-Americana e a modesta 11ª posição no Campeonato Brasileiro, com 15 pontos, ilustram uma fase de resultados oscilantes. Contudo, é no setor ofensivo que a preocupação se acentua, revelando uma das mais significativas deficiências da atual configuração alvinegra.
Após um período em que o técnico Dorival Júnior parecia ter estabilizado a retaguarda do time, o foco das inquietações se deslocou para a frente. O Corinthians , surpreendentemente, registra sua mais preocupante série sem gols desde abril de 2024, um indicativo claro de uma falha na engrenagem ofensiva que necessita de atenção imediata.
O recente empate sem abertura de placar contra o Vitória, no último domingo, selou uma marca negativa: três partidas consecutivas sem balançar as redes. Tal cenário não havia sido observado ao longo da temporada corrente. Os confrontos anteriores contra Atlético-MG, pelo Brasileirão, e Huracán-ARG, na Sul-Americana, também terminaram com o placar zerado para o Timão, evidenciando uma preocupante ineficácia no último terço do campo.
O Declínio Inesperado do Ataque Alvinegro
Para contextualizar a dimensão deste revés, é preciso recuar até abril de 2024, quando o Corinthians , sob o comando do então treinador português Antônio Oliveira, enfrentou uma sequência semelhante. Naquela ocasião, a equipe amargou derrotas sem conseguir marcar contra Argentinos Juniors-ARG (Sul-Americana), Juventude e Red Bull Bragantino (Série A), demonstrando uma fragilidade ofensiva que agora parece ressurgir.
O contraste com a "Era Ramón Díaz", que se estendeu de julho de 2024 a abril de 2025, é gritante. Naquele período, a força ofensiva era a marca distintiva do Corinthians , impulsionada pelo desempenho de jogadores como Yuri Alberto, Memphis Depay e Rodrigo Garro. Naquela fase, o time raramente passava mais de um jogo sem encontrar o caminho do gol, sublinhando a dramaticidade da atual escassez.
Ausências Significativas e o Vácuo Criativo
A carência de peças-chave no ataque emerge como um fator preponderante para a atual inoperância ofensiva do Corinthians . No embate contra o Atlético-MG, por exemplo, Rodrigo Garro e Memphis Depay não estavam disponíveis. Yuri Alberto , embora tenha sido acionado no segundo tempo, não conseguiu reverter o quadro de improdutividade da equipe.
Nos duelos subsequentes, contra Huracán-ARG e Vitória, o retorno de Memphis e Garro não foi suficiente para compensar a ausência de Yuri Alberto . O centroavante, peça fundamental no esquema tático, sofreu uma fratura no processo transverso de L1 à direita, na região lombar, e sua volta aos gramados só é esperada após a pausa para a Copa do Mundo de Clubes. A falta de continuidade na atuação conjunta deste trio de ataque, em grande parte devido a lesões e suspensões, tem sido um entrave notável para a consolidação de um padrão ofensivo.
Caminhos para a Recomposição Ofensiva e o Olhar para o Futuro
Diante deste cenário desafiador, o técnico Dorival Júnior se vê na imperativa necessidade de conceber soluções eficazes para a ineficácia ofensiva do Timão. A equipe não apenas falha em converter oportunidades, mas também demonstra uma acentuada dificuldade na construção de jogadas que desestruturem as defesas adversárias. Neste contexto, o retorno de Rodrigo Garro , com sua capacidade de criação e visão de jogo, surge como um sopro de esperança e um possível alento para o treinador.
A base do clube, os "Filhos do Terrão", representa uma alternativa valiosa para suprir as carências no ataque. Com a pausa para a data FIFA, Dorival terá um tempo precioso para observar e integrar jovens talentos. Em face das lesões que afetam o elenco principal e das restrições financeiras que dificultam a contratação de novos reforços, a aposta em pratas da casa pode se tornar uma estratégia vital para preencher lacunas e injetar nova energia no setor ofensivo.
O Corinthians , portanto, utiliza este recesso do calendário internacional como uma janela estratégica para reavaliar e reajustar seu sistema ofensivo. O Alvinegro só voltará a campo no dia 12 de junho (quinta-feira), para enfrentar o Grêmio, às 20h (de Brasília), na Arena do Grêmio, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. A expectativa é que este período de reflexão e treinamento possa pavimentar o caminho para a redescoberta do poder de fogo do Timão.
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