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Corinthians 1x1 Fortaleza: Notas e Avaliação Crítica dos Atletas no Brasileirão
Por Redação FuTimão em 03/08/2025 18:18
O confronto diante do Fortaleza, válido pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025, encerrou-se com um empate em 1 a 1, um resultado que certamente não satisfez a torcida corintiana. O time alvinegro, atuando em seus domínios, viu-se em desvantagem no placar logo nos primeiros minutos, um reflexo de falhas pontuais que comprometeram o início da partida. Apesar de ter dominado grande parte do jogo em termos de volume e posse de bola, a equipe pagou caro por um lapso defensivo inicial. A busca pelo empate, concretizada apenas nos acréscimos do segundo tempo, evidenciou a capacidade de reação do elenco, mas também a dificuldade em converter a superioridade em vitória.
A Estratégia do Treinador e o Preço da Rotação
A decisão de Dorival Júnior, técnico da equipe, de preservar alguns atletas considerados titulares, visando o decisivo clássico da Copa do Brasil contra o Palmeiras, na próxima quarta-feira, pautou a escalação inicial. Essa estratégia, embora compreensível no contexto do calendário apertado, gerou um time com menos entrosamento e que demorou a encontrar seu ritmo. O Corinthians foi, de fato, o time com maior iniciativa no jogo, mas a desatenção defensiva que levou ao gol do Fortaleza, logo aos cinco minutos, foi um custo alto demais. As alterações promovidas no intervalo, com a entrada de quatro jogadores habitualmente titulares, trouxeram uma inegável melhora na performance, permitindo que a equipe alcançasse o empate nos minutos finais. No entanto, ceder pontos em casa, especialmente em um campeonato tão disputado, sempre levanta questionamentos sobre o equilíbrio entre rotação e competitividade imediata. A nota média do treinador, tanto pela imprensa (5.0) quanto pelo público (5.0), reflete a percepção de que, apesar da reação, o resultado final poderia ter sido mais favorável.
Jogador | Posição | Nota GE | Nota Público |
---|---|---|---|
Hugo Souza | GOL | 5.0 | 5.0 |
Félix Torres | ZAG | 4.0 | 4.0 |
Matheuzinho | LAT | 6.5 | 6.5 |
André Ramalho | ZAG | 4.5 | 4.5 |
Cacá | ZAG | 6.0 | 6.0 |
Angileri | LAT | 6.5 | 6.5 |
Ryan | MEI | 5.5 | 5.5 |
Garro | MEI | 5.5 | 5.5 |
Charles | MEI | 5.0 | 5.0 |
Breno Bidon | MEI | 6.5 | 6.5 |
Dieguinho | MEI | 5.5 | 5.5 |
Carrillo | MEI | 7.0 | 7.0 |
Ángel Romero | ATA | 4.0 | 4.0 |
Memphis Depay | ATA | 5.5 | 5.5 |
Talles Magno | ATA | 5.0 | 5.0 |
Yuri Alberto | ATA | 6.0 | 6.0 |
Dorival Júnior | TEC | 5.0 | 5.0 |
O Desempenho do Setor Defensivo
A retaguarda corintiana exibiu uma performance com momentos de destaque e instabilidade. No gol, Hugo Souza, avaliado em 5.0 tanto pela imprensa quanto pelo público, demonstrou boa capacidade em defesas cruciais, como no chute perigoso de Gustavo Mancha. Contudo, a análise de seu posicionamento no lance do gol do Fortaleza aponta para uma falha ao fechar demasiadamente o lado da trave, deixando a diagonal exposta.
Na linha defensiva, Félix Torres (4.0/4.0), atuando improvisado como lateral, enfrentou dificuldades notórias para conter os avanços de Breno Lopes, um problema que se manifestou inclusive na jogada do gol. Sua contribuição ofensiva foi quase inexistente, o que resultou em sua substituição no intervalo. Em contraste, Matheuzinho (6.5/6.5) ofereceu uma dinâmica diferente ao setor, com melhor saída de bola e maior projeção ofensiva, sendo decisivo no cruzamento que originou o gol de empate.
A dupla de zaga teve atuações distintas. André Ramalho (4.5/4.5) oscilou entre passes precisos e lançamentos eficazes, além de interceptações e desarmes, e momentos de desatenção, como no gol do Fortaleza e em um lance que quase resultou em gol contra, com a bola na trave. Por outro lado, Cacá (6.0/6.0) apresentou maior solidez, com o setor sob sua responsabilidade sendo menos acionado pelo ataque adversário. Ele se destacou por praticamente não errar passes e por um carrinho decisivo no segundo tempo, que levantou a torcida.
Pela lateral esquerda, Angileri (6.5/6.5) foi, sem dúvida, o ponto alto do Corinthians na primeira etapa. Suas ações ofensivas foram constantes e perigosas, com dois cruzamentos de risco, um chute na trave e outro defendido pelo goleiro logo nos primeiros minutos. Apesar de ter diminuído sua presença no ataque no segundo tempo, sua contribuição inicial foi fundamental para as melhores oportunidades do time.
O Equilíbrio do Meio-Campo
O setor de meio-campo buscou uma combinação de contenção e criação, com resultados variados. Ryan (5.5/5.5) demonstrou grande empenho na marcação, cobrindo espaços à frente da defesa e com um bom índice de acerto de passes, mas pecou pela falta de ousadia nas jogadas ofensivas, sendo substituído por Garro.
A entrada de Garro (5.5/5.5) no segundo tempo trouxe uma melhora na qualidade do passe e na capacidade de criação do meio-campo, embora ele não tenha atingido seu potencial máximo. Teve uma boa oportunidade de finalização e arriscou chutes de fora da área. Charles (5.0/5.0), que iniciou mais solto e recuou para a posição de primeiro volante, manteve um bom índice de acerto nos passes, mas suas ações não resultaram em muitas situações de perigo, mantendo, contudo, sua impressionante invencibilidade de 24 jogos no ano.
Breno Bidon (6.5/6.5) teve uma atuação bastante positiva, operando com liberdade para se aproximar dos atacantes. Foi dele o cruzamento desperdiçado por Romero e o passe que Yuri Alberto não conseguiu aproveitar, demonstrando visão de jogo e capacidade de municiar o ataque. Por fim, Dieguinho (5.5/5.5) fez sua estreia como titular, atuando em duas posições no ataque e meio-campo. Ele tentou jogadas individuais e contribuiu na marcação, mas sua performance revelou a necessidade de aprimoramento na força de seus chutes e cruzamentos, indicando que ainda possui considerável margem para evolução.
A Eficácia do Ataque e o Impacto das Alterações
O setor ofensivo do Corinthians enfrentou dificuldades em transformar as oportunidades em gols, principalmente na primeira etapa. Ángel Romero (4.0/4.0) teve duas das principais chances do time no primeiro tempo, uma finalização de primeira e um cabeceio, mas não conseguiu convertê-las. Ele também teve um gol anulado por impedimento, o que culminou em sua saída no intervalo.
Talles Magno (5.0/5.0), em mais uma oportunidade como titular, não conseguiu se destacar ofensivamente. Seu melhor momento foi um passe para Fabricio Angileri, que resultou em um chute na trave, mas ele próprio não conseguiu finalizar nenhuma vez ao gol. A entrada de Memphis Depay (5.5/5.5) no segundo tempo trouxe uma notável melhora ao ataque. Ele recebeu um bom cruzamento de Carrillo, mas não conseguiu cabecear com precisão, errou uma tentativa de voleio, mas levou perigo em um chute de fora da área, mostrando maior movimentação e capacidade de desequilíbrio.
Yuri Alberto (6.0/6.0), que ainda busca sua melhor condição física após um longo período de inatividade, foi fundamental para o gol de empate. Foi de sua cabeçada que o goleiro adversário deu o rebote, permitindo que Carrillo marcasse. Apesar de ter perdido uma excelente chance anteriormente, sua presença foi decisiva para o resultado. O grande destaque do ataque e, talvez, da partida, foi Carrillo (7.0/7.0). Entrando aos 17 minutos da etapa final, ele rapidamente levou perigo com seus cruzamentos e demonstrou um posicionamento impecável e oportunismo ao empatar o jogo nos acréscimos, coroando a pressão final do Corinthians .
Em suma, o empate com o Fortaleza evidenciou a dualidade da estratégia de rotação de elenco . Se por um lado a equipe mostrou resiliência e capacidade de reação com a entrada dos titulares, por outro, a perda de pontos em casa, especialmente devido a falhas defensivas precoces, levanta um alerta. O Corinthians segue em sua jornada no Brasileirão, mas a busca pela consistência e pela eficiência na conversão de chances em vitórias continua sendo um desafio a ser superado, especialmente com o clássico da Copa do Brasil no horizonte.
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