Copa do Brasil: Corinthians e Cruzeiro em Impasse por Ingressos de Visitantes

Nos bastidores da Copa do Brasil, uma disputa acirrada por cotas de ingressos para os confrontos da semifinal eleva a tensão entre as diretorias de Corinthians e Cruzeiro. Enquanto o Timão defende a aplicação de um percentual fixo de 5,2% sobre a capacidade dos estádios, a equipe mineira insiste em um número absoluto de bilhetes para seus torcedores, criando um impasse que precisa ser resolvido antes dos duelos decisivos.

A proposta alvinegra, baseada no referido percentual, implicaria na alocação de aproximadamente 3.200 ingressos para a torcida corintiana no jogo de ida, a ser realizado no Mineirão, cuja capacidade total é de 62 mil lugares. Em contrapartida, para o confronto de volta na Neo Química Arena, os cruzeirenses teriam direito a cerca de 2.500 entradas, seguindo a mesma proporção. Esta abordagem busca uma equidade na distribuição, refletindo a disponibilidade de cada praça esportiva.

A resistência manifestada pelo clube celeste, contudo, aponta para a preferência por uma quantidade predeterminada de ingressos, sem a variação percentual. Essa divergência configura o cerne da negociação, que tem sido conduzida diretamente entre as cúpulas dos dois gigantes do futebol brasileiro.

A Controvérsia da Cota de Ingressos: Percentual ou Fixo?

A complexidade da situação veio à tona durante um evento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), onde o presidente do Corinthians , Osmar Stabile, expressou publicamente a dificuldade em alcançar um acordo. O dirigente corintiano revelou estar diante de uma forte oposição por parte do Cruzeiro para finalizar a definição da carga de bilhetes para os torcedores visitantes.

Stabile detalhou os esforços do clube paulista para garantir que o modelo de 5,2% seja aplicado em ambas as partidas, visando uma reciprocidade justa. "Conversamos com a parte técnica do Cruzeiro sobre a questão dos ingressos. Falamos de 5,2%, que é o que temos de disponibilidade na nossa arena. Também queremos isso no Mineirão, mas estamos enfrentando resistência grande deles. Falei com o Pedrinho (dono da SAF do Cruzeiro), que ficou de me dar uma resposta no início da semana. A gente espera que isso venha acontecer, o Mineirão é maior do que nossa arena. Acho que o percentual ficaria bom. Ele falou que tem um problema com a polícia de lá, que talvez não libere essa quantidade. Nós oferecemos mais alguns camarotes para que a gente possa receber esses 5,2%. Peço que a torcida fique tranquila porque estamos trabalhando para que isso aconteça", declarou o presidente.

A justificativa apresentada pelo Cruzeiro para a recusa do modelo percentual estaria atrelada a potenciais restrições de segurança impostas pela polícia local em Belo Horizonte, conforme mencionado por Stabile. Em um gesto de boa vontade, o Corinthians chegou a oferecer camarotes adicionais, na tentativa de facilitar a acomodação do percentual desejado, demonstrando a importância de um desfecho positivo para a torcida.

Intervenção Presidencial e os Obstáculos da Negociação

Diante do impasse, o presidente corintiano aguarda um posicionamento definitivo de Pedrinho , proprietário da SAF do Cruzeiro, para os próximos dias. A expectativa é que, apesar dos desafios, um consenso seja alcançado, garantindo a presença de ambas as torcidas em número razoável, conforme os preceitos de uma competição de tamanha envergadura.

Em um comunicado sucinto, o Cruzeiro confirmou que as tratativas sobre o tema estão sendo realizadas de forma direta com a diretoria do Corinthians , sem fornecer detalhes adicionais sobre o andamento das discussões. O desfecho dessa negociação é aguardado com ansiedade pelos torcedores, que desejam apoiar seus respectivos clubes nas decisivas semifinais da Copa do Brasil.

Abaixo, um resumo das propostas em discussão: