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Contratos do Corinthians: Cláusulas Ocultas e o Impacto Financeiro do Timão
Por Redação FuTimão em 05/09/2025 10:21
Uma minuciosa revisão dos acordos de transferências de atletas, iniciada pela atual cúpula do Corinthians, já trouxe à tona aspectos notáveis, como o que envolve a negociação do zagueiro Murillo, transferido para o Nottingham Forest, da Inglaterra, em 2023. Ao contrário da percepção inicial, o clube não preservou uma fatia de 10% dos direitos econômicos do defensor, mas sim uma percentagem sobre o eventual lucro de uma transação futura.
À época da transação, sob a gestão de Duílio Monteiro Alves, o Parque São Jorge comunicou a alienação de 80% dos direitos econômicos do jogador por 14 milhões de euros, equivalentes a R$ 75,1 milhões na cotação de agosto de 2023, complementados por 2 milhões de euros em bônus. A informação divulgada oficialmente indicava que o clube manteria "10% de uma venda futura".
Contudo, o que o documento contratual estipulava era uma condição distinta: o percentual seria aplicado exclusivamente sobre o montante que o Nottingham Forest auferisse como lucro em uma subsequente transferência. Ou seja, a diferença entre o valor de aquisição pelo clube inglês e o preço de uma nova venda.
O Enigma da Venda de Murillo: Detalhes Contratuais Revelados
O ex-presidente corintiano, Duílio Monteiro Alves, em declaração ao portal 'ge', esclareceu a situação:
"Detínhamos 80% dos direitos. O Corinthians ficou com 10% do lucro de uma futura negociação. Além disso, negociou um valor adicional de 500 mil euros se o atleta jogasse 65% dos jogos da temporada. Isso se repetiria por três temporadas. Deve ter havido algum equívoco na comunicação da venda, pelo qual peço desculpas. No entanto, o Departamento Jurídico do clube tem um controle muito preciso desses percentuais retidos, de modo que, mesmo quando há equívoco de comunicação, o clube não tem perdas financeiras."
Murillo , que emergiu das categorias de base do Timão, vestiu a camisa profissional em 27 ocasiões antes de sua partida. Com um vínculo estendido até 2029, o promissor defensor tem despertado o interesse de importantes agremiações do cenário europeu.
Esta revelação surge em um contexto de outras questões que têm gerado apreensão nas dependências do Parque São Jorge. Recentemente, a diretoria alvinegra constatou que não detinha mais os 30% dos direitos do meia-atacante Pedro, cria da base que atualmente defende o Zenit. A expectativa de um recebimento de aproximadamente R$ 66 milhões, caso uma venda para o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, se concretizasse, foi frustrada.
A Surpreendente Alienação dos Direitos de Pedro
O motivo da ausência desses direitos residia em uma transação ocorrida em agosto de 2024, quando a atual gestão de Augusto Melo negociou os percentuais de Pedro (30%) e Robert Renan (20%) em um pacote avaliado em 6,3 milhões de euros, o equivalente a R$ 38,7 milhões na época, diretamente com o Zenit. Essa operação, vale ressaltar, permaneceu alheia ao conhecimento público.
Parte do montante dessa negociação foi direcionada para a quitação de débitos com a Elenko Sports, empresa que gerencia as carreiras de Robert Renan , Pedro e Ivan, e que também teve participação na transferência de Gustavo Mantuan. Todos esses nomes estiveram envolvidos na operação que trouxe Yuri Alberto ao Corinthians em 2023.
Transparência e Auditoria: O Futuro das Negociações Alvinegras
Diante da perplexidade causada por estas descobertas, a diretoria atual instruiu o Departamento Jurídico a empreender um exame exaustivo em todos os contratos de venda de atletas. O objetivo primordial é prevenir a ocorrência de episódios similares, que comprometem a saúde financeira e a transparência das operações do clube.
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