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Batalha pelo Estatuto Corinthiano: Tuma Júnior Enfrenta Resistência Interna e Aposta na Base
Por Redação FuTimão em 10/11/2025 22:22
O Sport Club Corinthians Paulista encontra-se imerso em uma intensa disputa política, centrada na reestruturação de seu estatuto. Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, tem enfrentado forte oposição de seus pares. Este confronto atingiu um ponto crítico em 29 de outubro, durante uma reunião particularmente acalorada do Conselho de Orientação (Cori). Conforme o registro da sessão, após o conselheiro Felipe Ezabella qualificar o projeto como "imprestável", a discussão escalou para um embate generalizado. Diante do cenário, Tuma confrontou os presentes e, em um gesto de descontentamento, "abandona a reunião".
A raiz do desacordo reside tanto na substância do texto proposto quanto no método de sua aprovação. Muitos conselheiros expressam desconforto com o que percebem como um processo "acelerado", reivindicando maior prazo para uma análise aprofundada. Contudo, os pontos mais inflamáveis da proposta são outros. Em primeiro lugar, Tuma insiste em um modelo de votação aberta, em detrimento do voto secreto, o que levanta preocupações sobre a possibilidade de constrangimento aos membros ao deliberarem sobre pautas delicadas. Adicionalmente, dois artigos específicos provocam grande indignação: a sugestão de conceder direito a voto aos sócios-torcedores e, de forma ainda mais veemente, a cláusula que proíbe o emprego de parentes de conselheiros no Corinthians , uma prática considerada "comum atualmente no Parque São Jorge".
Os Pontos de Ruptura: Votação Aberta e Artigos Controversos
A pressão sobre a liderança de Tuma é inegável. Desde a divulgação do texto, em 27 de outubro, o presidente do Conselho tem sido alvo de contínuas objeções. Em resposta a essa resistência, ele já se viu obrigado a fazer concessões. A votação no Conselho, por exemplo, que estava agendada para 17 de novembro, foi postergada para o dia 24 do mesmo mês, visando conceder um período adicional para a revisão. Além disso, Tuma convocou uma reunião informal com todos os grupos políticos para 13 de novembro, em uma tentativa de amenizar a tensão e detalhar os termos do projeto.
A Estratégia de Tuma Júnior: Desafios e Manobras Políticas
Apesar de ceder no cronograma, Tuma mantém-se irredutível quanto ao conteúdo e desenha uma estratégia para superar a oposição interna. O presidente do Conselho já determinou que os artigos de maior controvérsia, como a vedação ao nepotismo e a inclusão do voto do sócio-torcedor, não serão barrados no âmbito exclusivo do Conselho Deliberativo. Assim, tais propostas serão igualmente submetidas à apreciação e votação na Assembleia Geral dos associados, prevista para 20 de dezembro. Com essa manobra, Tuma, na prática, transfere a decisão final para o corpo social do Corinthians , contornando a pressão exercida pelos conselheiros.
O Verbo Final: A Assembleia Geral Decidirá o Futuro Estatutário
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