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Auditoria Interna no Corinthians Revela Irregularidades e Gera Polêmica
Por Redação FuTimão em 26/11/2025 07:09
O Parque São Jorge se vê novamente no centro de uma discussão complexa, desta vez envolvendo a gestão de materiais esportivos do Corinthians. Uma auditoria interna, conduzida pelo diretor de tecnologia Marcelo Munhoes, revelou um panorama preocupante, apontando uma série de desvios e problemas que exigem apuração aprofundada.
O relatório, que já está nas mãos da presidência do clube, detalha diversas inconformidades. Foram constatados, por exemplo, um aumento expressivo no volume de itens retirados em comparação com o ano de 2024, além da identificação de materiais em estado precário de uso. A precariedade se estendeu aos almoxarifados, que apresentavam condições de higiene inadequadas. Mais grave ainda, a auditoria trouxe à tona a denúncia de um possível esquema de comércio irregular de produtos do Corinthians , supostamente envolvendo funcionários da própria instituição.
Diante da gravidade das descobertas, o documento seguiu um rito de apuração rigoroso. Após ser entregue à presidência, foi encaminhado ao Conselho Deliberativo, que, por sua vez, o remeteu à Comissão de Justiça para a devida investigação dos fatos. Adicionalmente, o caso será acompanhado de perto pela Comissão de Ética do Timão e, dada a natureza das denúncias, também será objeto de investigação pela Polícia Civil, sublinhando a seriedade das acusações.
Os Achados da Auditoria e os Próximos Passos no Timão
Marcelo Munhoes, diretor de tecnologia e responsável pela condução do trabalho, compareceu à reunião do Conselho Deliberativo na última segunda-feira, no Parque São Jorge. Na ocasião, ele abordou as conclusões da auditoria interna, que teve como objetivo investigar os alegados desvios de materiais esportivos do clube. Sua participação foi marcada pela defesa da metodologia e dos resultados apresentados no relatório.
Munhoes enfatizou que a elaboração do relatório não partiu de uma iniciativa isolada, mas sim de um pedido formal do presidente Osmar Stabile. Sua fala reforçou a legitimidade do processo e a integridade do trabalho realizado. ?O relatório foi entregue a pedido do presidente, que fique claro. Houve um ofício presidencial para que fosse feito um trabalho. Esse trabalho foi entregue, está em posse do presidente há três semanas. As partes que se justifiquem. Eu, Marcelo Munhoes, não tenho nada a declarar. O trabalho foi feito com muito profissionalismo, decência, como sempre fazemos. O vice-presidente tem a liberdade de se defender e argumentar o que desejar?, declarou Munhoes, rebatendo as críticas, inclusive as do vice-presidente Armando Mendonça, um dos apontados pela investigação.
A postura de Munhoes sinaliza uma posição de resguardo e conformidade com o mandato recebido, reiterando que o papel de sua equipe foi o de investigar e apresentar os fatos, cabendo às partes citadas a responsabilidade pela defesa e esclarecimentos necessários. A integridade do processo, segundo ele, é inquestionável, e o profissionalismo pautou cada etapa da apuração.
Defesa do Relatório e a Questão do Auditor Retirado
Um dos pontos de discórdia levantados pelo vice-presidente Armando Mendonça foi a suposta ausência de um dos auditores no trabalho final. Mendonça alegou que, inicialmente, três profissionais do Departamento de Tecnologia do Corinthians ? Marcelo Munhoes, Reginaldo Nascimento e Luiz Fernando? haviam sido designados como auditores. No entanto, o documento oficial que lhe foi entregue continha apenas os nomes de Munhoes e Reginaldo .
Marcelo Munhoes, em sua explanação, esclareceu que a versão do relatório consultada pelo vice-presidente não representava o documento finalizado. Ele confirmou a retirada de um dos auditores, justificando a decisão por "motivos internos", sem, contudo, aprofundar-se nos detalhes. ?No ofício presidencial tinham quatro pessoas. No trabalho final, assinaram duas. Tinha um funcionário do departamento de T.I. que foi retirado da auditoria por motivos internos, prefiro não expor. A versão que o Armando cita não era uma versão final. A versão final foi assinada pelas auditores e inclusive se encontra com o Conselho?, pontuou Munhoes.
A explicação de Munhoes busca dirimir as dúvidas sobre a composição da equipe de auditoria e a validade do relatório. Ao afirmar que a versão final é a que está em posse do Conselho Deliberativo e que foi devidamente assinada, ele reforça a lisura do processo, apesar do mistério em torno da saída de um dos membros da equipe de investigação. A controvérsia, no entanto, persiste, exigindo transparência contínua por parte da administração do clube.
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