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Desafios Extremos e Superação no Corinthians: Relato Exclusivo de António Oliveira

Por Redação FuTimão em 24/02/2025 13:11

A Tempestade Perfeita no Parque São Jorge

Em uma revelação surpreendente, o ex-técnico do Corinthians, António Oliveira, compartilhou os bastidores de sua passagem conturbada pelo clube paulista. Em entrevista ao "Tribuna Expresso", de Portugal, Oliveira expôs situações extremas que vão além dos desafios táticos e esportivos, revelando um cenário de instabilidade financeira e até mesmo ameaças à sua segurança pessoal.

A passagem de António Oliveira pelo Corinthians , embora breve, foi marcada por intensos desafios. O técnico português não apenas teve que lidar com as pressões inerentes ao cargo, mas também enfrentou problemas que extrapolavam o campo de jogo, como a grave crise financeira que assolava o clube na época.

O técnico português detalhou as adversidades que enfrentou no comando do time, lançando luz sobre um período turbulento tanto dentro quanto fora dos gramados. Sua narrativa oferece uma visão impactante sobre a complexidade de gerir um clube de futebol em meio a crises financeiras e institucionais.

Ameaça Armada e a Realidade Violenta

Um dos relatos mais chocantes da entrevista foi o episódio em que Oliveira teve uma arma apontada para sua cabeça. Segundo ele, o incidente ocorreu após uma abordagem policial motivada pela clonagem da placa de seu carro. "Lembro-me de apontarem-me uma pistola à cabeça. Eu vinha no meu carro, após o aniversário do filho do preparador de goleiros do Corinthians , olhei pelo espelho e vi um carro da polícia atrás. Mas eu estava tranquilo. Viro à direita e ele continua a seguir-me, e de repente liga as luzes. Pensei que podia ter as luzes desligadas, porque era de noite. Parei o carro para perceber o que se passava. O policial que estava dirigindo saiu logo com a pistola armada, disse-me para sair do carro, meter as mãos atrás das costas, portanto, aqueles procedimentos normais que eles fazem. Sempre com a arma apontada à minha cabeça", relatou Oliveira.

A situação tensa só foi amenizada quando um dos policiais reconheceu Oliveira como o técnico do Corinthians . "? O parceiro do policial saiu e diz-lhe: ?Epá, cuidado, ele é o técnico do Corinthians .? O policial com a pistola responde: ?Eu sei lá se ele é técnico do Corinthians , eu não percebo nada de futebol.? E continuou, mandou-me abrir as pernas, entretanto, chegaram mais carros de polícia", completou.

Apesar do desfecho relativamente tranquilo, Oliveira confessou ter ficado abalado com a experiência. "Como tinham chegado outros policiais, confirmaram a minha identidade, e já queriam falar mais do Corinthians do que propriamente daquela situação (risos)."

Salários Atrasados e a Luta pela Concentração

Além das questões de segurança, António Oliveira também abordou os problemas financeiros enfrentados pelo Corinthians , que afetavam diretamente o desempenho dos jogadores. Ele revelou que, em algumas ocasiões, os atletas se recusavam a concentrar devido aos salários atrasados. "? Houve alturas em que os jogadores chegaram a não querer concentrar, porque não recebiam. Tive de sair do treino para ir falar com o presidente, porque ele prometia que pagava no dia seguinte. Eu disse ao presidente: ?Se você só pode pagar daqui a um ano, não diga que pode pagar amanhã porque eles não vão receber e vão ficar ainda mais chateados.? E aos jogadores que não queriam concentrar tive de dizer: ?Há um direito e um dever. Vocês têm o direito de receber e eles de vos pagar. Vocês têm razão. Agora, se passa lá para fora que vocês não querem concentrar, em vez de virar para eles, vai virar contra vocês. Vamos ser profissionais. Eu estou aqui, do vosso lado, estarei sempre e vou tentar sensibilizar o presidente para resolver os problemas.? O meu dia a dia era um pouco isto."

Essa situação delicada exigia de Oliveira um papel que ia além do treinador, atuando como mediador entre a diretoria e o elenco, buscando soluções para manter o ambiente profissional e evitar maiores prejuízos ao time. A gestão de crises se tornou uma constante em seu dia a dia.

Legado e Reflexões Finais

Demitido em julho do ano passado, António Oliveira comandou o Corinthians em 29 jogos, obtendo um retrospecto de 13 vitórias, nove empates e sete derrotas, o que representa um aproveitamento de 55,1% dos pontos. O técnico português lamentou ter trabalhado no clube em um período tão turbulento, mas demonstrou orgulho de ter contribuído para a superação das dificuldades.

Oliveira ressaltou que, após sua saída, o clube se reforçou e conseguiu evitar o rebaixamento, mostrando que as sementes plantadas durante sua gestão renderam frutos. Sua experiência no Corinthians serve como um alerta para os desafios enfrentados por clubes em crise e a importância de uma gestão transparente e eficiente.

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José

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Comentado em 24/02/2025 17:51 É, meu povo, estamos passando perrengue, mas o Corinthians tem a força que nos une! Vamos lá, Timão!
Pedro

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Comentado em 24/02/2025 16:21 Aff, essa situação do António foi braba kkkk. Mas, o Timão sempre supera os desafios, né? Vai Corinthians!
Rodrigo

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Comentado em 24/02/2025 14:41 Vai Corinthians! Vamos com tudo, mlk!
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