Análise Corinthians: Memphis Depay Brilha, Notas GE Brasileirão

O Protagonismo de Memphis Depay na Conquista dos Três Pontos

Em uma partida crucial pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro de 2025, o Corinthians assegurou uma vitória por 2 a 1 sobre o Sport. O nome da noite, sem sombra de dúvida, foi Memphis Depay. O atacante teve uma performance espetacular, sendo o autor dos dois gols que garantiram o resultado positivo para o Timão. Sua atuação não apenas decidiu o confronto, mas também contribuiu significativamente para atenuar a pressão que recaía sobre o elenco alvinegro naquele momento da temporada.

Memphis Depay foi, incontestavelmente, o atleta em maior evidência em campo. Ele demonstrou grande capacidade de liderança técnica, buscando o jogo, balançando as redes duas vezes e atuando como o principal articulador ofensivo da equipe. Na semana anterior, o próprio jogador já havia feito observações públicas sobre a necessidade de receber a bola mais próximo da área adversária. Sua exibição neste sábado serviu como uma clara demonstração prática da validade de seu posicionamento, justificando plenamente a nota 8.5 atribuída pelo GE.

A vitória, embora fundamental, expôs aspectos do desempenho coletivo e individual que merecem análise atenta. A seguir, detalhamos a avaliação dos demais jogadores e da comissão técnica, com base nas notas do GE.

Análise Tática e o Comando de Orlando Ribeiro

No banco de reservas, o técnico Orlando Ribeiro optou por uma abordagem pragmática para este confronto. Ele manteve a estrutura tática que vinha sendo trabalhada pela comissão técnica anterior, priorizando a obtenção do resultado, que era o objetivo primordial da equipe neste sábado. Sua estratégia inicial pode ser descrita como "o básico bem feito".

Orlando Ribeiro demonstrou capacidade de leitura de jogo na etapa complementar. Ao observar que o Sport elevava suas linhas e buscava mais o ataque, o treinador promoveu ajustes que reforçaram a contenção no setor intermediário. Essa alteração tática foi crucial para solidificar a defesa do Corinthians e garantir a manutenção da vantagem no placar. Sua condução da partida lhe rendeu a nota 6.0.

Avaliação Setorial: Do Gol à Defesa

Começando pela meta, Matheus Donelli não teve responsabilidade direta no gol sofrido pelo Sport. Contudo, sua avaliação (nota 5.5) reflete uma certa lentidão na fase de construção das jogadas desde a defesa e momentos de instabilidade ao longo da partida. Nas laterais, Léo Maná (nota 5.0) apresentou fragilidade defensiva e pouca presença ofensiva, embora tenha se redimido parcialmente com uma assistência em um lance isolado no segundo tempo. Angileri (nota 4.5), por sua vez, teve uma atuação abaixo do esperado, com erros em passes simples, dificuldade no controle de bola e sendo superado em duelos diretos, passando a impressão de falta de concentração.

A dupla de zaga, composta por Félix Torres e Gustavo Henrique (ambos com nota 5.5), teve momentos distintos. Félix Torres elevou seu padrão em relação a jogos anteriores, mostrando combatividade e eficiência em desarmes por antecipação. No entanto, cometeu uma infração clara que não foi assinalada pelo árbitro Anderson Daronco, correndo o risco de exclusão, e as dificuldades na saída de bola continuam presentes. Gustavo Henrique mostrou solidez nos desarmes, mas enfrentou entraves na coordenação da primeira fase de construção da equipe.

O Desempenho do Meio-Campo

O setor de meio-campo apresentou um desequilíbrio tático que sobrecarregou Raniele (nota 5.0). Os avanços constantes de Breno Bidon e Carrillo ao ataque deixaram Raniele exposto na contenção à frente da área. Além da sobrecarga, Raniele encontrou dificuldades para disputar a posse no setor e mostrou lentidão na distribuição da bola para os colegas.

Carrillo (nota 6.0) foi um elemento importante na dinâmica ofensiva, buscando o jogo, assumindo a iniciativa e progredindo pela faixa direita até a linha de fundo. Contudo, no aspecto defensivo, desguarneceu Raniele . Breno Bidon (nota 5.5) demonstrou qualidade no controle de bola, contribuiu para a fase inicial de construção e participou das ações ofensivas, mas sua avaliação mais baixa se justifica pela falta de empenho na recomposição defensiva.

Alex Santana (nota 5.5) prevaleceu em duelos individuais pela força física, mas careceu de velocidade na condução para superar a marcação sob pressão. Ryan (nota 6.0) ingressou na partida com a missão de reforçar a contenção no meio-campo e cumpriu seu papel. Maycon (nota 6.0) desempenhou sua função tática de forma eficaz e bloqueou com perspicácia as investidas do Sport pelo setor central.

O Setor Ofensivo e as Oportunidades Criadas (e Perdidas)

Além do brilho de Memphis Depay, o ataque corintiano teve momentos de destaque e de frustração. Ángel Romero (nota 6.5), conforme sua característica habitual, exibiu grande disposição e dedicação em campo. Gerou oportunidades pelos flancos, infiltrou na área para concluir e distribuiu passes precisos para os colegas. Sua performance foi recompensada com um passe decisivo para Memphis Depay.

Por outro lado, Yuri Alberto (nota 4.5) teve uma performance significativamente inferior ao padrão que costuma apresentar. Ele desperdiçou duas oportunidades flagrantes ainda na etapa inicial: uma em confronto direto com o goleiro adversário e outra, ainda mais inacreditável, sem a presença do arqueiro e próximo à meta. Dieguinho e Héctor Hernández não tiveram participação ativa suficiente no jogo, o que impede uma avaliação individual para ambos.

Em suma, a vitória corintiana foi construída sobre a genialidade individual de Memphis Depay e uma postura tática que garantiu o resultado. No entanto, a análise das atuações aponta para a persistência de fragilidades em diversos setores e a necessidade de ajustes para que o desempenho coletivo alcance um nível mais consistente no decorrer da competição.